segunda-feira, 5 de maio de 2014

LIÇÃO DO CARVALHO


Todas as vezes em que deparamos com problemas na vida, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão, só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com as adversidades que surgem no decorrer de nossa existência.

Deus nos deixa lições interessantes em sua criação, para nos mostrar que o homem foi criado forte e que essa força pode ser aumentada e absorvida de situações adversas.

Existe uma árvore com o nome de carvalho. Essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais. Quando querem saber sobre tempestades que ocorrem numa determinada floresta, eles observam logo o carvalho.

É a árvore que mais absorve as consequências de temporais. Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta mais forte fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo quase impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!

Mas, não pense que os cientistas precisam fazer estas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Pelo fato dele absorver as consequências das tempestades a robusta árvore, às vezes, assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força, ficando às vezes até com uma aparência triste. Para um carvalho, cada tempestade é mais um desafio a ser vencido e não ameaça. Numa grande tempestade muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme!

Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes, mesmo que às vezes um pouco marcados, com a aparência abatida, mas fortes, com raízes bem firmes e profundas na terra! 

Podemos com isso compreender o que o nosso Pai maravilhoso quis nos ensinar, quando disse que "Podemos todas as coisas naquele que nos fortalece" (Fp. 4.13) e, também, a confiança do rei Davi, quando cantou: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte não temerei mal algum, porque Tu estás comigo"(Sl 23.4).

Por isso, quando você olhar pela janela o lindo alvorecer, lembre-se que não há temor com os infortúnios do dia, porque Deus sempre está com você. Ele protegê-lo-á! Se você estiver passando por problemas muito grandes, comporte-se como o carvalho. Certamente, será só mais uma tempestade que poderá torná-lo ainda mais forte!
  
Era um velho carvalho no meio de uma grande floresta. Há alguns anos, uma enorme tempestade o deixara quebrado e feio. Jamais conseguira se reerguer, como as demais árvores.

Quando a primavera chegava, o adornava de flores novas e verdes e o outono tomava o cuidado de pintá-las todas de cor avermelhada.

Mas os ventos inclementes sopravam e levavam todas as folhas e nada mais podia disfarçar a sua feiura.

A árvore foi se sentindo esquecida, abandonada, sem utilidade.

E um enorme vazio tomou conta dela.

Quando o vento do outono passou por ali, ela se lamentou: Ninguém mais me quer. Não sirvo para nada. Sou um velho inútil.

Mais alguns dias se passaram e, na proximidade do inverno, um pica-pau sentou-se em seu tronco e começou a bicá-lo, de forma insistente.

Tanto bicou que conseguiu fazer um pequeno furo, uma portinha de entrada para sua residência de inverno, no tronco oco do carvalho.

Arrumou tudo com muito bom gosto. Aliás, estava praticamente tudo arrumado. As paredes eram quentinhas, aconchegantes e havia muitos bichinhos que poderiam alimentá-lo e aos seus filhotes.

Como estou feliz em ter encontrado esta árvore oca! Ela será a salvação para mim e minha família no frio que se aproxima.

Pouco tempo depois, um esquilo aproximou-se e ficou correndo pelo tronco envelhecido, até achar um buraco redondo, que seria a janelinha da sua casa.

Forrou por dentro com musgo e arrumou pilhas e pilhas de nozes que o deveriam alimentar durante toda a estação de ventos gelados.

Como estou agradecido, falou o esquilo, por ter encontrado esta árvore oca.

O carvalho passou a sentir umas coisas estranhas. As asas dos passarinhos roçando em sua intimidade, o coração alegre do esquilo, suas patas miúdas apalpando o tronco diariamente fizeram com que se sentisse feliz.

Seus ramos passaram a cantar felicidade. Quando chegou a época das chuvas, deixou-se molhar, permitindo que as gotas escorressem por seus galhos, lentamente.

Aceitou a neve que o envolveu em seu manto por muitas semanas, agradeceu os raios do sol e a luz das estrelas.

Tudo era motivo de felicidade. A velha árvore redescobrira a alegria de servir.


 Autor desconhecido 

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